terça-feira, 29 de abril de 2008

A onipresença da mídia e seus efeitos na sociedade contemporânea




Muito se discute sobre os efeitos dos meios de comunicação junto à sociedade contemporânea, na esfera das discussões públicas. É inegável a influência da mídia no cotidiano das pessoas, visto que temos uma infinidade de informações que são disseminadas por estes canais e que acabam por "determinar" o nosso dia-a-dia. A pauta das conversas, as discussões entre amigos...tudo isso ocorre diante da atmosfera ubíqüa dos meios de comunicação que criam e mantêm temas "relevantes' e notórios face à esfera pública.








segunda-feira, 28 de abril de 2008

Reflexões sobre a Produção Musical Baiana: Axé, Pagode e Arrocha"


A música produzida na Bahia é muito mais do que uma simples manifestação estética. De ritmos imediatista, pragmático e notadamente comercial (letras pouco elaboradas e refrões fáceis) o Axé Music, Pagode e Arrocha tem larga penetração na mídia e, contribui sobremaneira para a afirmação da imagem de uma Bahia idealizada com forte apelo de temas como verão, praia, alegria, sensualidade.

Bahia, que lugar é este? Um misto de cultura, de um povo, de um som. Dos artistas de rua, de canções e cultura do sertão, das festas populares de largo para os santos, de todo esse caldo musical. Mas onde estão? Quem os vê? Qual a proporção dada aos diversos estilos musicais que sequer são contemplados? Não encontro alternativas, são só as mesmas bandas do axé-music e pagode que ganham espaço no cenário midiático. É o fim da diversidade! Viva a oligocultura!
Lamentável.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Itapuã e seus encantos


“Passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em Itapuã, ouvir o mar de Itapuã, falar de amor em Itapuã”..., Vinicius de Morais sabia mesmo das coisas.
De origem tupi-guarani, “Itapuã” pode significar “ ponta de pedra”, “pedra que chora”, “pedra que surge”, “pedra que ronca”, “pedra redonda oca”, “harpão curto” e há ainda aqueles que afirmam ser o nome originário de uma homenagem ao comandante também chamado Itapuã, que naufragou há muitos anos, perto dessa pedra.
Nos ônibus, nos becos, nos mapas, nas músicas, nas poesias e em diversos meios de comunicação, chama-se “Itapuã”, mas também ouve-se muito falar em “Itapoã”, “Itapoan” e “Itapuan”.

Famoso pelos quitutes da Cira, o ritmo forte do Malê de Balê, as oferendas nas lagoas do Abaeté, os pescadores e barraqueiros que convivem lado a lado, a sereia esculpida sobre a pedra, a rede lançada ao mar e o farol que ilumina a praia - assim é Itapuã.

Em cada rua, praça ou esquina, é possível remontar um pouco de sua história: nas “Ganhadeiras de Itapuã” com suas roupas coloridas e muita ginga nos quadris, no samba de roda acompanhado de tambores, nos coqueiros, na Casa da Música, onde se encontram os documentos e acervos que remontam a história da música baiana, barcos e jangadas que emolduram um cenário “de um dia para vadiar, de um mar que não tem tamanho e um arco-íris no ar”, tão profetizado e consagrados pelos poetas, fez um antigo lugar de veraneio ganhar, pouco a pouco, ares de um bairro que viria a se constituir como um dos mais célebres de Salvador.

A poucos passos dali, a Lagoa do Abaeté ou, em tupi, “lagoa tenebrosa”, que quer dizer, águas escuras cercada de dunas de areias brancas e formadas pelo acúmulo de areia advinda da praia. Á beira das suas águas doces, ouve-se mitos, lendas e saudações à mãe Oxum e outros oxirás. É caminhando pelas dunas, que se torna possível ver os inúmeros depositários de oferendas e manifestações ao som de bate-estacas e cânticos :

“ Yeyê ô, yeyê ô !”, “É de noite ê/ De noite até de manhã/ Ê de noite ê/ Ouvir cantar pra Nanã....”

.... fazendo da lagoa um misto de magia e beleza que encantam a todos. Com uma profundidade de cinco metros e coloração escura resultante de microorganismos presentes em sua extensão, as margens da lagoa, oferece a lenda de que os sons do atabaque são escutados sem que para isso seja necessário a presença humana naquele lugar.
À noite, a movimentação de pessoas, o apito dos guardadores de carro, o corre-corre dos vendedores ambulantes, a euforia de jovens que se reencontram, o som ao vivo dos barzinhos, a lua cheia que ilumina a noite, o triângulo que dá passagem ao Abaeté, a presença de inúmeros visitantes atraídos pela lenda do bairro, o cheiro dos quitutes africanos com suas diversas iguarias: acarajé, abará, acaçá, vatapá, caruru, passarinha, bolinho de estudante, cocada-puxa; fazem da noite de Itapuã um ponto de encontro de amigos e cenário para se contemplar o mar iluminado pelo farol.


Ah, Itapuã que eu amo tanto...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Diário de Bordo- O Sertão Baiano

Minhas impressões sobre o sertão...
Daiane Vasconcellos


“ É preciso ir ao Sertão com o espírito de penitência, como quem adere a uma romaria para reverenciar lugares sagrados”. Nada se compara a vivência do lugar, as experiências trocadas e a sensação de ver no povo sertanejo, a “aura” acolhedora e hospitaleira. Canudos é assim: uma cidade que possui uma autenticidade vista através do ideal fraterno de comunhão e expressada em cada análise particular.

Despir de valores pré-concebidos e refletir sobre o outro, tornou um dos maiores objetivos dessa viagem. A cultura expressada a toda hora e a qualquer lugar : na fala, nos gestos, religiosidade, manifestações e até mesmo, na forma diferente de se pensar. Se fosse necessário se fazer ausente diante do outro, eu me anularia. Mas, à medida em que eu tivesse uma “brecha” e a oportunidade de chegar: faríamos daquele momento ímpar e rico.

Acredito que essa análise do município e a suas respectivas particularidades, me fez perceber o quão rico e plural é a cultura sertaneja. Antes mesmo desse olhar, tudo soava como algo restrito e limitado à seca, tristeza, sofrimento. Porém, a convivência nesse lugare, acabou por revelar a minha ignorância face ao “desconhecido”, que me ensinou e acrescentou valores para toda a vida.

Por mais que já tivesse ido a essa cidade, as minhas impressões mudaram, revelando uma dinâmica no olhar diante dos valores e percepções daquele povo. Tomando como referência o material de campo, percebi que ainda há lugares em que a história precisa ser mais conhecida pelas próprios moradores. Dessa forma, a valorização da cultura, seria o passo inicial para a gênesis de um trabalho de conscientização da cultura popular.

A experiência vivida em somente 7 dias foi suficiente para substituir qualquer análise acadêmica com fórmulas prontas e previsíveis. E é por tudo isso, que consigo hoje analisar a cultura sertaneja como encantadora e fácil de se apaixonar."

domingo, 6 de abril de 2008

Midiatrix - A manipulação da mídia

Os meios de comunicação são por si só, dominantes no cenário das sociedades contemporâneas. Correto? Mas até que ponto, os discursos midiáticos possuem o poder de barganha ou convencimento sobre a sociedade? O que muito se discute, é que muitas vezes, pensamos a mídia como a super controladora das ações humanas bem como a ditadora das regras de comportamentos sociais ou proliferação de idéias dominantes na esfera civil. Isto é, correlacionamos o indivíduo a um ser inerte, passivo e alienado que, a qualquer instante, poderá ser manipulado e dominado pelos meios de comunicação, sem ao menos pensar, nas suas ideologias ou poder de barganha frente aos meios de comunicação. O Midiatrix é ao meu ver, um breve panorama desse pensamento controlador dos "media" sob a "ingenuidade do indivíduo', que sem defesa, absorve todo o conteúdo transmitido pelos meios de comunicação. O filme acaba por generalizar esse tipo de pensamento sem propor ao menos, um contraponto com uma outra postura do indivíduo: ser pensante que não necessariamente, acata as decisões transmitidas pelos "media".

Midi em Pauta em ação!!!

Há muito tempo pensei criar um blog... No início, o blog seria apenas para compartilhar entre amigos, outras vezes, para refletir sobre temas relevantes na área de Comunicação e Turismo. Depois de muito pensar, resolvi criá-lo. Eis aqui! O Midi em Pauta em sua primeira edição. Novinho em folha! Através deste, tentarei esboçar o meu ponto de vista, sem deixar é claro, de traçar um perfil midiático e atualizado sobre os diversos temas.Prazer em conhecê-los,Eu sou a Midi em Pauta.